Cléssius Zanardini
Minha sina eu vi
Quando na carne
O sol queima
Eu senti.
Poeira alta,
Casa do passado.
Nestes dias
Nestas noites
Sou bem amado.
De mãos calejadas,
Na lida enxadas
Sol a pino
Vigiando meu destino.
Barro úmido
Artesanal.
Minha casa.
Temos fome desigual.
Chão batido
Couro curtido
Terra rachada
Coragem reforçada.
E assim continuo
Ressequida vida.
Secas à outros olhos.
Apenas outro nordestino.
Quem me dera,
Ainda fosse menino.
Menino fosse
Para dizer:
Muito obrigado
Meu pai doce.
Nesta casa de taipa
Que o sonho me trouxe.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
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